Posted: Monday, March 29, 2010 | sambado por inesferrao |


Até parece que já deixou de fazer sentido escrever aqui. Ou seja, falar sobre tudo e dizer que foi muito bom e bonito. Todos dizem que claro que sim, que é o Rio de Janeiro e não se esperava outra coisa. É tudo bastante óbvio.



Mas por outro lado, sinto que, mais uma vez, preciso de escrever para ver se algum deste peso me sai de cima. Não estivesse eu, passado quase um mês do meu regresso, às 5h da manhã, a pensar no Brasil. De novo. Mantenho-me calada para não me tornar cansativa - as teclas que me aguentem.



A verdade é que continuo a rever as fotografias de quatro em quatro horas, que fico com nó na garganta quando vejo imagens do Rio e que não vou dormir sem antes ouvir música brasileira.



Tenho a ideia que sempre soube que me iria bater forte. Desde sempre apaixonada pelo Brasil e brasileiros, logo quando fui pela primeira vez aos doze aninhos. É o que todos sabem ou imaginam: A simpatia que transborda, o sotaque cantado, o ritmo, a música, o sol e o mar.



Eu cá orgulho-me de ter vivido mais. Os mil encantos da cidade maravilhosa. Recordo com um sorriso (e uma vez ou outra uma lágrima) o que lá passei. A Cleide, que se tornou a minha segunda mãe, e em quem penso todos os dias. Como me ia sempre pôr sempre ao ônibus e esperava que partisse para dizer adeus, até amanhã. As minhas crianças e tudo o que me deram – e poxa, foi tanto. Os meninos da Vila Kennedy que corriam para mim sempre que chegava ao CCI ("Tia Inês!") e os do Batan a pedirem à “professora” para não os deixar no último dia. Todos os amigos (e digo amigos com certeza) que fiz. Todos os sítios que explorei. Todos os esforços que fiz para nunca ficar quieta, que valeram tão a pena!



As horas que passei no S-14, sempre à procura do lugar à janela para aliviar um pouco os 45º. Os abraços sentidos, as mãos dadas porque sim. As conversas e partilhas. As danças de 6 horas na Lapa. As rodas de samba que me faziam sorrir descontroladamente. Que povo! O pôr-do-sol no Arpoador, nadando e rindo de tão feliz que estava. Os bailes funk que não estavam previstos. O Carnaval, os tambores, as mangueiras que encharcam a multidão. Os açaís com calda de framboesa, por favor. E para o David é com granola e caramelo. Os churrascos, ataques de riso e a constante liberdade dentro da cabeça.



Não me quero estender aqui, sabem, deixo os agradecimentos.



À Livia que foi a minha melhor amiga na casa.


À Anna, Patricia, Willa, Alex Menina, Stacey que não lhe ficaram muito atrás.


À Kate, Anneliese, Anna inglesa, Louise, Gilly, Dayna, Kaydian e Kara.


Aos rapazes: Tom, Augustin, Nick, Joe, Fabien, Damien. Um cantinho especial para eles: Rob, Seppe, Dave, David e Alex Menino.


Um incontornável obrigado, mais uma vez, à Cleide. Por tudo o que ela é.


Outro à Jupira, não tivesse sido ela a levar-me ao sítio onde fui mais feliz.


Aos meninos e meninas: Eduarda, Ricardinho, Cintia, Adriana, Helen, Estela, Miguel, Renan, João, Juliana, Kathleen, Érica, Maria, Paulinha, as duas Bias, Ryan, Paulo, Ariane, Joab, Alessandra, e mais, e mais. À Tia Leia e Mara também, com certeza.


Às Lucianas, à Nádia e à Flávia, perfeitos exemplos da afeição carioca.


À Jessica, Marquinhos e os restantes da dança afro-brasileira. Por me porem sempre a dançar que nem uma louca.


Ao Saulo, Alex brasileiro e Anauê.


Ao Marcelo e respectivos amigos.


Até ao senhor simpático que me dava bolos para o café da manhã na Rua do Lavradio.


Por fim, à minha família e amigos que continuam a aturar (e apoiar!) as minhas ideias fixas do que quero fazer na vida.



Valeu mesmo. E a gente se vê. :)

4 caipirinhas:

  1. Anonymous said...
  2. Querida filha:
    Até me fizeste chorar.

    Viva a Inês, viva a Cleide, vivam os meninos e as meninas da Vila Kennedy. Obrigada pelo que deram à Inês!

  3. Ana Soares said...
  4. valeu mesmo a pena, e isso vê-se pelo que escreves!=) as recordações ninguém tas tira! e nos estamos ca para ouvir e ouvir e ouvir, mais mais e mais!


    amo*

  5. Marta said...
  6. :') Nunca ninguém te poderá roubar tudo isso que sentiste e sentes. És uma sortuda:)

  7. JGP said...
  8. "Bien, bien, bien..." Dá-lhe Inês!

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